PRÁTICA DE LISTENING – ÁUDIO EM INGLÊS AMERICANO

A cat with an "incurable" kind of cancer. A job that is always tenuous. Human relationships that are fragile, unpredictable, and sometimes tumultuous. My own body, seemingly healthy- but still subject to disease, fatigue, and aging. Life is unpredictable. However much we think we have a handle on it, the truth is we never really know what's to come. Everything can change in an instant. This is a tough truth to accept, for though we know intellectually that all things in life are impermanent, we often don't feel it instinctively. We persist in our attempts to control life we imagine that we can predict and manipulate future events. We imagine that we control, or at least have a strong influence on, external events. But this is not really the case. In fact, all that worry, manipulation, and attempted control is mostly wasted energy. We are not the masters of the external world. We cannot predict the future. Our best laid plans are always subject to catastrophic failure. There is no security to be found in the outside world. There is no secure job, or relationship, or situation of any kind. Everything changes. We can, conceivably, lose them all in the blink of an eye. Where then is true security to be found? Certainly not in the external world, but rather, internally. "Trust yourself to react appropriately when catastrophe happens. Failure of nerve is really failure to trust yourself." -- Alan Watts This is the only true security- the security of trusting yourself, the security of flexibility and adaptability, the security of spiritual and emotional self-reliance. Rather than obsess over external events, we better serve ourselves by obsessing over our inner resources. Our security and happiness come from our inner peace-- our ability to accept any situation, adapt to it, use it, learn from it, and (perhaps) overcome it. The more we do this, the more confident we grow and, in time, we develop a true sense of security in our lives... one that is completely independent of external circumstances. Practically, this implies that our task is to seek out new experiences and build our capacity to adapt to them. This is the reason I think of travel as a potentially spiritual practice. Travel-- especially long, challenging journeys-- expands our ability to accept and adapt to the unexpected and the unknown. This kind of travel is a concentrated training exercise in impermanence and change. Joseph Campbell, the famed mythologist, identified the common thread running through the mythological journeys found in most cultures. He noted that while these stories are always presented as external journeys, they are in fact symbolic of the inner journey we must all make. In the end, we must all leave home (the safe and comfortable), we must all face life-changing challenges, we must all face loss, and we must all arrive at our own understanding of impermanence, and our own wisdom. This is the universal journey.

 

 

 

Um gato com um tipo de câncer "incurável". Um trabalho que é sempre tênue. Relações humanas frágeis, imprevisíveis e às vezes tumultuadas. Meu próprio corpo, aparentemente saudável, mas ainda sujeito a doenças, fadiga e envelhecimento. A vida é imprevisível. Por mais que pensemos que temos controle sobre isso, a verdade é que nunca sabemos o que está por vir. Tudo pode mudar em um instante. Esta é uma verdade difícil de aceitar, pois embora saibamos intelectualmente que todas as coisas na vida são impermanentes, muitas vezes não sentimos isso instintivamente. Persistimos em nossas tentativas de controlar a vida, imaginamos que podemos prever e manipular eventos futuros. Imaginamos que controlamos, ou pelo menos temos uma forte influência sobre os eventos externos. Mas este não é realmente o caso. Na verdade, toda essa preocupação, manipulação e tentativa de controle é principalmente energia desperdiçada. Não somos os donos do mundo externo. Não podemos prever o futuro. Nossos melhores planos estão sempre sujeitos a falhas catastróficas. Não há segurança a ser encontrada no mundo exterior. Não há emprego seguro, nem relacionamento, nem situação de qualquer tipo. Tudo muda. Podemos, concebivelmente, perdê-los todos em um piscar de olhos. Onde, então, pode ser encontrada a verdadeira segurança? Certamente não no mundo externo, mas sim internamente. "Confie em si mesmo para reagir adequadamente quando uma catástrofe acontecer. A falta de coragem é realmente a falta de confiança em si mesmo." -- Alan Watts

Esta é a única segurança verdadeira - a segurança de confiar em si mesmo, a segurança da flexibilidade e adaptabilidade, a segurança da autoconfiança espiritual e emocional. Em vez de ficarmos obcecados com eventos externos, servimos melhor a nós mesmos ficando obcecados com nossos recursos internos. Nossa segurança e felicidade vêm de nossa paz interior - nossa capacidade de aceitar qualquer situação, adaptar-se a ela, usá-la, aprender com ela e (talvez) superá-la. Quanto mais fazemos isso, mais confiantes ficamos e, com o tempo, desenvolvemos uma verdadeira sensação de segurança em nossas vidas... uma que é completamente independente das circunstâncias externas. Na prática, isso implica que nossa tarefa é buscar novas experiências e construir nossa capacidade de adaptação a elas. Esta é a razão pela qual penso em viajar como uma prática potencialmente espiritual. Viajar - especialmente viagens longas e desafiadoras - expande nossa capacidade de aceitar e nos adaptar ao inesperado e ao desconhecido. Esse tipo de viagem é um exercício de treinamento concentrado na impermanência e na mudança. Joseph Campbell, o famoso mitólogo, identificou o fio condutor das jornadas mitológicas encontradas na maioria das culturas. Ele observou que, embora essas histórias sejam sempre apresentadas como jornadas externas, elas são de fato simbólicas da jornada interna que todos devemos fazer. No final, todos devemos sair de casa (o seguro e confortável), todos devemos enfrentar desafios que mudam a vida, todos devemos enfrentar a perda e todos devemos chegar ao nosso próprio entendimento da impermanência e à nossa própria sabedoria. Esta é a jornada universal.