Joe: Hey, did Tim call while I was out?
Kristin: No, he didn’t, why?
Joe: Well, he told me he had an idea he wanted to run
by me. So, uh, I figured he might’ve called.
Kristin: What, what’s the idea?
Joe: Uh, well, he’s actually thinking about writing a
book about, uh, the time he spent on the road with the Grateful Dead.
Kristin: Oh, that would be a great topic for a book.
You know, whenever you speak to me about the Grateful Dead, I’m all ears.
Joe: Yeah, I mean, I, when I look back on the years I
spent following them around, jeez, I, I followed ‘em all over the place. But, I
mean, that was some of the most fun I’ve ever had in my life I think.
Kristin: I can imagine.
Joe: I mean, y’know, first off, y’know, they’re my
favorite band.
Kristin: Right.
Joe: And, uh, second, the other thing that really drew
me to the scene was the fact that there was just this traveling, uh, group of
people that followed them everywhere. It was like, almost like a bazaar sort
of…
Kristin: Mm-huh…
Joe: …y’know…
Kristin: …mm-huh…
Joe: …and…
Kristin: Well, it’s definitely a subculture of
America.
Joe: Oh yeah, yeah, I mean some people even called it
a cult [laugh] y’know…
Kristin: [laugh]
Joe: And, uh, it was so unique at the time, uh,
y’know…. Because there really wasn’t anything else like it. I mean you had
all these hippies driving around, following the band from city to city. And,
uh, y’know, when you’re on the road driving from one place to the next, you’d
see the same people. You’d see the same cars, all these VW buses drivin’. And,
uh, y’know, uh, people supported themselves, uh, by, uh, selling things in the
parking lots at the concerts.
Kristin: Mm-huh.
Joe: Like, a lot of people would like make jewelry and
sell it. A lot of people would sell, uh, clothes that they made, um….
Another, uh, favorite amongst people was to, uh, just, uh, sell beer or to make
food. And that’s what I actually did a lot of the times. I’d make sandwiches or
I’d sell beer in order to help, y’know, defray the cost of the tickets.
Kristin: Uh-huh.
Joe: Because it could get a little expensive, y’know.
Kristin: Right.
Joe: But, y’know, the other strange thing is that
you’d have this, like large circus traveling essentially following the band.
And it was all these, like, hippies. People with like really long hair and
beards and like, y’know…. Really sometimes like people who hadn’t like
showered for days. Because they were just traveling with the, y’know…
Kristin: Yeah.
Joe: …around, following the band.
Kristin: Yeah.
Joe: Because, you know, especially during the summer,
you’d just stay at campgrounds, y’know? So you’d camp and they might not have a
shower, y’know…
Kristin: Right [laugh].
Joe: I remember like, so many times washing my hair,
like, under a, y’know, a faucet in a sink of a bathroom. Or, y’know, under a
hose somewhere [laugh].
Kristin: [laugh]
Joe: And having someone help me because, y’know, I had
the long hair.
Kristin: [laugh]
Joe: Oh man, and, uh, y’know the other thing is, you’d
travel around. And sometimes be driving through these really small conservative
towns. And you can just imagine what it must have been like from their
standpoint. I mean they see these people who don’t look anything like them. I
mean…
Kristin: Right.
Joe: …they’re all clean-cut looking, these people who
live in this town. And then you have this pack of like, looks like bohemian
gypsies…
Kristin: Uh-huh.
Joe: …traveling through town.
Kristin: Yeah, that’s a good description.
Joe: Y’know, so, y’know a lot of the times the cops in
the town would hassle you. Y’know…
Kristin: Oh, I’m sure.
Joe: …for no good reason, y’know.
Kristin: Yeah.
Joe: I think that they would just suddenly jump to
conclusions about, y’know, what you were doing. Because you look different than
them, y’know. They were totally like judging the book by its cover.
Kristin: Right. Joe: So, um, yeah but, oh my gosh,
y’know…. When I look back on those times, I just met so many people. I mean
sometimes I would meet somebody. And like, say the middle of the country like
Kansas, right?
Kristin: Uh-huh.
Joe: And then, like, a year or two later, I’d be, say,
in Seattle. And I’d run into the same people…the same person.
Kristin: Oh my god, it’s such a small world, huh?
Joe: Yeah, I know. But that was another great thing.
Like I met so many people and became such good friends with so many of those
people. They’re, some of these people are like my closest friends to this day,
like Tim. Y’know?
Kristin: Yeah.
Joe: So it was really something that, uh, it was like
a community, y’know.
Kristin: I was going to say, too, it’s a very, it
sounds like it was a very bonding experience.
Joe: Oh, yeah, totally. Like it’s funny, if you’re a
deadhead and you meet another deadhead, it’s like…. There’s just like, uh, almost,
a hidden language that you speak.
Kristin: [laugh]
Joe: Y’know, it’s crazy. And, y’know, the, the, the
fans were such rabid fans. I mean, y’know, a lot of deadheads…. The only
music they would listen to was the music of the Grateful Dead.
Kristin: Wow. I could see why people would think that
was a bit cultish.
Joe: Yeah, totally.
Kristin: Well, do you think that, um, Tim will
actually follow through with writing this book?
Joe: I don’t know, your guess is as good as mine.
Y’know, he can be a flake sometimes.
Kristin: Yeah, I know.
Joe: Ei, o Tim ligou enquanto eu
estava fora?
Kristin: Não, ele não ligou, por quê?
Joe: Bem, ele me disse que teve uma
ideia e que queria conferir comigo. Então, uh, imaginei que ele poderia ter
ligado.
Kristin: O quê, qual é a ideia?
Joe: Uh, bem, ele está realmente
pensando em escrever um livro sobre, uh, o tempo que passou na estrada com o
Grateful Dead.
Kristin: Oh, isso seria um ótimo
tópico para um livro. Você sabe, sempre que você fala comigo sobre os Grateful
Dead, eu sou toda ouvidos.
Joe: Sim, quero dizer, eu, quando eu
olho para trás, para os anos que passei os seguindo, caramba, eu, eu os segui
por todo o lugar. Mas, quero dizer, essa foi uma das coisas mais divertidas que
já tive na minha vida, eu acho.
Kristin: Posso imaginar.
Joe: Quer dizer, sabe, primeiro,
sabe, eles são minha banda favorita.
Kristin: Certo.
Joe: E, em segundo lugar, a outra
coisa que realmente me atraiu na cena foi o fato de que havia apenas um grupo
de pessoas viajando que os seguia por toda parte. Era quase como uma espécie de
bazar de …
Kristin: Mm-huh …
Joe: … sabe …
Kristin:… hum-huh…
Joe: … e …
Kristin: Bem, é definitivamente uma
subcultura da América.
Joe: Sim, sim, quero dizer, algumas
pessoas até chamaram de culto [risos], sabe …
Kristin: [risos]
Joe: E, uh, era tão único na época,
uh, sabe … Porque realmente não havia nada parecido. Quero dizer, você tinha
todos esses hippies dirigindo por aí, seguindo a banda de cidade em cidade. E,
uh, você sabe, quando você está na estrada dirigindo de um lugar para o outro,
você vê as mesmas pessoas. Você via os mesmos carros, todos esses ônibus VW
dirigindo. E, uh, você sabe, uh, as pessoas se sustentavam, uh, vendendo coisas
nos estacionamentos dos shows.
Kristin: Mm-huh.
Joe: Tipo, muitas pessoas gostavam de
fazer joias e vendê-las. Muita gente vendia, uh, roupas que eles faziam, um …
Outro, uh, favorito entre as pessoas era, uh, apenas, uh, vender cerveja ou
fazer comida. E isso é o que eu realmente fazia muitas vezes. Eu fazia
sanduíches ou vendia cerveja para ajudar, sabe, a custear os ingressos.
Kristin: Uh-huh.
Joe: Porque pode ficar um pouco caro,
sabe.
Kristin: Certo.
Joe: Mas, você sabe, a outra coisa
estranha é que você tinha isso, como um grande circo viajando essencialmente
seguindo a banda. E eram todos esses, tipo, hippies. Pessoas com cabelo muito
comprido e barbas e tipo, sabe … Realmente, às vezes, tipo, haviam as pessoas
que não tomavam banho por dias. Porque eles estavam apenas viajando com o, sabe
…
Kristin: Sim.
Joe:… por aí, seguindo a banda.
Kristin: Sim.
Joe: Porque, você sabe, especialmente
durante o verão, você apenas ficaria em acampamentos, sabe? Então você
acamparia e eles poderiam não tomar banho, sabe …
Kristin: Certo [risos].
Joe: Eu me lembro, tipo, tantas vezes
de lavar meu cabelo, tipo, sob a, você sabe, uma torneira na pia de um
banheiro. Ou, você sabe, debaixo de uma mangueira em algum lugar [risos].
Kristin: [risos]
Joe: E ter alguém me ajudando porque,
sabe, eu tinha cabelo comprido.
Kristin: [risos]
Joe: Oh cara, e, uh, sabe a outra
coisa é, você viajava. E às vezes dirigia por essas cidades conservadoras
realmente pequenas. E você pode imaginar como deve ter sido do ponto de vista
deles. Quero dizer, eles veem essas pessoas que não se parecem em nada com
eles. Quero dizer…
Kristin: Certo.
Joe: … eles são todos de aparência
limpa, essas pessoas que vivem nesta cidade. E então você tem esse pacote de
pessoas parecidas com ciganos boêmios …
Kristin: Uh-huh.
Joe: … viajando pela cidade.
Kristin: Sim, é uma boa descrição.
Joe: Sabe, então, sabe muitas das
vezes que os policiais da cidade incomodavam você. Você sabe …
Kristin: Oh, tenho certeza.
Joe: … sem um bom motivo, sabe.
Kristin: Sim.
Joe: Eu acho que eles de repente
tiravam conclusões precipitadas sobre, sabe, o que você estava fazendo. Porque
você parece diferente deles, sabe. Eles eram totalmente do tipo “julgar o livro
pela capa”.
Kristin: Certo.
Joe: Então, hum, sim, mas, oh meu
Deus, você sabe … Quando eu olho para trás, para aqueles tempos, eu conheci
muitas pessoas. Quer dizer, às vezes eu encontrava alguém. E tipo, digamos, no
meio do país como o Kansas, certo?
Kristin: Uh-huh.
Joe: E então, tipo, um ou dois anos
depois, eu estava, digamos, em Seattle. E eu encontrava as mesmas pessoas … a
mesma pessoa.
Kristin: Oh meu Deus, é um mundo tão
pequeno, hein?
Joe: Sim, eu sei. Mas isso foi outra
grande coisa. Como eu conheci tantas pessoas e me tornei um bom amigo de tantas
dessas pessoas. Eles são, algumas dessas pessoas são como meus amigos mais
próximos até hoje, como Tim. Sabe?
Kristin: Sim.
Joe: Então era realmente algo que,
uh, era como uma comunidade, sabe.
Kristin: Eu ia dizer também, é uma
experiência muito, parece que foi uma experiência de ligação.
Joe: Oh, sim, totalmente. Tipo, é
engraçado, se você é um morto-vivo e encontra outro morto-vivo, é como … É
como, uh, quase, uma língua oculta que você fala.
Kristin: [risos]
Joe: Sabe, é uma loucura. E, você
sabe, os, os, os fãs eram fãs fanáticos. Quero dizer, sabe, um monte de cabeças
mortas … A única música que eles ouviam era a música do Grateful Dead.
Kristin: Uau. Eu posso ver por que as
pessoas pensariam que isso era um culto.
Joe: Sim, totalmente.
Kristin: Bem, você acha que, hum, Tim
vai realmente continuar escrevendo este livro?
Joe: Não sei, minha dúvida é a mesma
que a sua. Você sabe, ele pode ser indeciso ás vezes.
Kristin: Sim, eu sei.